O bullying está cada dia mais presente nas escolas de todo o Brasil, afetando diretamente a saúde mental das crianças e adolescentes.
Um levantamento feito pelos ofícios de notas do país, registrou mais de 121 mil notificações de bullying e cyberbullying no ano de 2024, um número crescente que reflete a necessidade urgente de ações preventivas e educativas.
O combate ao bullying deve ser constante, é necessário atenção aos sinais de sofrimento e dor dos estudantes. Para que as ações de prevenção e combate sejam eficazes, é fundamental que pais e professores trabalhem juntos, criando um ambiente seguro e acolhedor para o adolescente.
O combate ao bullying começa dentro de casa, desde cedo, com a construção de um diálogo de confiança entre pais e filhos. Essa relação é essencial para que os jovens sintam segurança em compartilhar situações de intimidação, zombaria e até mesmo agressão.
Conversar sobre o dia a dia na escola, atividades que realizou e apoiar emocionalmente os filhos em questões de insegurança que tenham, é um passo importante para fortalecer essa relação.
O bullying infantil, infelizmente, é problema comum em todos os países. Caracterizado pela violência repetitiva e desproporcional — em que a(s) criança(s) agressora(s) sempre têm condições mais favoráveis que a(s) agredida(s), seja por ter mais força física ou apoio da maioria.
Nocivo e preocupante no curto e longo prazo para as vítimas, o bullying infantil também aponta a necessidade de trabalho junto aos agressores. Isso porque suas características, como a pressão social e psicológica, fazem com que todos os envolvidos tendam a levar consequências negativas dessa experiência para a vida adulta.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, existem vários tipos de agressões que se encaixam como bullying. Veja os principais:
Físico
São as intimidações que visam forçar a criança a fazer algo, além de ataques com empurrões, chutes, ferimentos, arremesso de objetos, danificação ou roubo de pertences.
Psicológico
O bullying psicológico acontece de maneiras sutis, sendo, às vezes, intitulado de “brincadeira”. Entre as ações que o caracterizam estão: provocações, xingamentos, nomes preconceituosos ou maldosos e também ao excluir ou ignorar a outra criança.
CYBERBULLYING
Esse é o tipo de bullying mais difícil de ser combatido e o que causa maior projeção e danos para as vítimas.
Ele é praticado por meio de comunicação eletrônica (ligações, e-mails, mensagens, postagens, sms, vídeos online) e, por isso, muito fácil de se alastrar e gerar impactos imensuráveis à saúde da criança alvo. Neste tipo de bullying infantil, o agressor intimida, ridiculariza, difama, ameaça e/ou expõe o alvo.
Como é mais complicada a identificação dos agressores nesses casos, eles sentem-se livres para disseminarem o objeto de agressão (como uma foto, um vídeo ou uma notícia). Isso deixa a criança muito mais vulnerável à novas ações agressivas, como comentários, aumentando progressivamente o sofrimento dos pequenos.
Seu filho é uma vítima?
Crianças expostas à violência recorrente demonstram alguns sinais que devem ser observados pelos pais e docentes com atenção, tendo em vista que, num primeiro momento, podem ser interpretados como preguiça ou até mesmo ignorados.
Dada a vergonha que sentem nos episódios de bullying, a grande maioria das vezes as crianças não irão comentar o ocorrido. E AQUI CHAMO ATENÇÃO PARA UMA SITUAÇÃO QUE SEMPRE COLOCO, A AGRESSÃO É UMA PARA CADA PESSOA, UMA DETERMINADA SITUAÇÃO PODE NÃO ME CAUSAR EFEITO NENHUM, MAS PODE ADOECER OUTRA PESSOA! CADA UM AGE DE UMA MANEIRA!
Veja alguns sinais que podem indicar que seu filho tem sido vítima dessa agressão:
Rejeição à escola
Dificuldade de aprendizagem
Agressividade
Crises de pânico
Isolamento
Ansiedade
Adoecimento físico
Adoecimento emocional
Observe os sinais, ouça a criança, ou o adolescente, pois, caso seu filho seja uma vítima de bullying infantil, ele já está sob uma situação de estresse extrema e, portanto, precisa se sentir seguro a ponto de contar sobre as humilhações, violências e sofrimentos pelos quais tem passado.
Em seguida é necessário mostrar que nada dessa situação é culpa dele, dar subsídio para que possa se defender e ter um diálogo que gere ações junto à administração da escola e diretamente com os pais dos agressores.
Como podemos notar, por trás das simples “brincadeiras sem graça” ou “brigas de criança”, existe um problema muito mais sério e nada inofensivo: o bullying infantil. Menores que sofrem este tipo de coação estão expostos a consequências, muitas vezes, irreversíveis.
Quem são as partes quando ocorre o bullying?
– Vítima
– Agressor
– Expectador
As pessoas esquecem que o BULLYING NÃO OCORRE SE NÃO TIVER PLATÉIA. Portanto, o trabalho tem que ser feito com a vítima, o agressor e os expectadores.
Não é um trabalho fácil, mas é um trabalho possível. Não espere que o bullying se torne um problema para começar a agir!
É preciso estabelecer um código de conduta e ética, com descrições e exemplos que ajudem os funcionários, professores e alunos a entender exatamente o que é e não é aceitável – de forma clara e sem muito espaço para interpretação.
Além disso, os alunos, professores e funcionários devem ser incentivados a relatar casos de bullying e devem ter a garantia de que serão protegidos pela escola.
Fazer rodadas de conversas, com alunos e famílias. Workshops. Palestras. E ter uma educação de ZERO TOLERÂNCIA AO BULLYING. ISTO DEVERIA SER REGRA EM TODAS AS ECOLAS.
Portanto, a sociedade precisa de pessoas atentas e comprometidas para proteger e auxiliar. E o combate a essa violência começa com a conscientização sobre o problema: compartilhe este post e informe mais pessoas. O BULLYING É UMA AGRESSÃO QUE PRECISA SER COMBATIDA DESDE A INFÂNCIA!
“SEMPRE É MELHOR PREVENIR DO QUE DEPOIS TENTAR CURAR CICATRIZES”!
Karen Karam da Conceição
OAB/RS 52.034
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